sábado, 2 de julho de 2011

sem demora


Sem demora

É já hora de ir
Tenho de me recompor
Olhar adiante um azul tímido
O céu nebuloso ou claro
Tenho de tomar a rua
O caminho a que sou obrigado
Tenho de ir
Embora eu queira ficar
Aqui
Sozinho
Com o meu coração
Ele me cansa
Ele me pesa
Ele não cessa
De tanto exigir
Tenho de ir
Sem demora
Sem hora
Mas quero ficar
Esperar
Que uma nota de alívio
Me caia da alma
Uma fagulha lírica
Um estilhaço de inspiração
Um pedaço de sentimento
De alegria
Um silêncio fugidio
Qualquer coisa
Que me faça compreender
Uma alma que só quer amar

(BAR)

Um comentário:

  1. Lindo poema Bruno! Me encanta a sensibilidade das suas palavras... Versos tão densos e intensos, na profundidade da sua alma. Bjusss

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