segunda-feira, 4 de julho de 2011

Não temos tempo a perder...

                                                   




 Enquanto houver vida


Estas horas invernais
Em que o frio congela
Caem como fogos infernais
Na alma que não cessa

De desejar o AMOR
De que está grávido o sonho
Tenho medo de viver sozinho
Porque nasci sozinho
E morrerei sozinho

Nunca dantes estive tão em paz
Uma paz que me alegra
Que me entedia
Que me consola
Que me concilia comigo

Estou tão acostumado à tristeza
Que agora me afeiçoei à alegria
Tímida
Bem vestida
Comportada

A tristeza me apertava
Sufocava-me a alma
Prefiro vestir a alegria
Simples
Fugaz
Do momento

Quando não penso
Que tudo deve ter um fim
Mesmo a vida
Tão fugidia
E inexplicavelmente
Inquietante

Ah! A vida terá um fim
Mesmo que ignoremos
Mesmo que fiquemos
A planejar simplesmente
A esperar

Que aconteça
O sonho que deixamos de sonhar
o futuro a quem pertence?
Se nos resta o presente
Que respiramos
Enquanto há vida
E o desejo de amar

(BAR)


Um comentário:

  1. Já dizia Drummond que o poeta convive com seu poema antes de escrevê-lo e cada um tem mil faces secretas sobre a face neutra... Denso o poema, mas transparente como você. Bjusss

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