terça-feira, 1 de novembro de 2011

“Poeta é aquele que leva o infinito dentro de si” (BAR)

 
         Quando chamado à vida eu fui...


“Quando chamado à vida eu fui, o Mistério me disse: “tu serás amante das coisas delicadas, amante das doçuras, das fragilidades; serás amante das sutilezas do espírito; do colorido dos pensamentos e da densidade do sentir; serás amante das escuridões, e das sensações noturnas, do frio, da chuva que são lágrimas caídas do céu; serás amante da poesia que mesmo cantando a morte dá vida a tua alma; serás amante de mulheres que só te alcançaram a superfície; serás amante do amor que se esvazia de si para o outro poder existir; e ainda assim serás amante da doçura, do intangível, do inefável, das sensações que escapam às palavras; serás amante do vazio do ser, do abandono; serás amante daqueles que te inspiram, que te admiram; no entanto, serás profundo conhecedor das asperezas, das rudezas de tudo a que eriges teus versos, teus pensamentos; conhecedor do efêmero, da impermanência e reconhecerá em si a finitude e se encherá do finito; mas permanecerás sempre amante da eternidade, da eternidade que reside no vazio de Ser; serás finito na carne, no sangue, mas infinito na alma: serás, enfim, um poeta.””

(BAR)

Um comentário:

  1. Poucas pessoas expõe a alma, abre o coração, derrama ternura e transborda emoção com tamanha leveza e sentimento, e apesar das fragilidades faz da vida uma eterna poesia. Atendestes bem ao chamado ao exercer com plenitude o que vem na sua alma. Adoro ler você e toda essa sensibilidade me alcança fundo.
    Adoro você meu poeta!
    Bjusss

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