Infância
Para viver a profundidade do amor
Convém retirar dele o peso da alma
Porque no amor
O que sobra é nossa infância
E sua inocência
Que sabemos dele?
Tanto quanto sabem as crianças
O suficiente para nos alegrar
Assim são as crianças
Elas se alegram
E não se preocupam
Em explicar
Quanto mais queremos entender o amor
Tanto menos tempo nos sobra
Para amar
O amor
Se vive
No que ele tem de inexplicável
A poesia do amor
É seu silêncio
Indizível
Contido inteiro num olhar
No cheiro que excita
No sabor que delicia
Na vontade incontida
de se entregar
(BAR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário