sábado, 11 de junho de 2011

no meu coração, cabe minha vida inteira.

                               
                                                              





Última canção

No meu coração cabia um amor desmedido
Gracioso como cisne
Com vastas asas exuberantes
Cabia também uma vida inteira
E muitas noites de carinhos

Cabia bem um cantinho
Pra tua inocência
Cabiam horas densas de cuidados
Delicadezas
Finuras

Cabia bem a ternura
E o valor de tua pureza
Cabiam os teus sonhos
A tua decência angelical
Cabia tua ingenuidade
E as ilusões primaveris de eternidade

Cabia o excesso de desejo
Reprimido
Entornado de meus beijos
Cabia o anseio por te ver
Outra vez
E muitas vezes cabiam

Cada segundo de espera
Cabiam os dias
E a demora que me consumia
No meu coração cabia você inteira
E de tua alma toda a candura

Cabia o futuro
Que ainda não existia
Só não cabia a ausência
A carência

Mas no meu coração
Cabe  agora a minha alegria
Transborda a minha alma apenas
Que somente me cabe
E meu singular relicário de poemas
rebentos de minha loucura lírica
Cabe esta última canção
Que outrora não cabia
A da despedida

(BAR)

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