segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A prisão da fé



Cárcere do Nono Mandamento

Esta gravidez as entranhas me esturrica
O coração é pulsante de anseio venenoso
O gosto cítrico que me sabe mais acre fica
Quando o cálice de ingênuo pecado bebo brioso

Altivo! Metido na mais entorpecida dignidade
A mão pecaminosa à folha do destino é astúcia
E em contentamento rasura a divina fatalidade
Que a teu viver causa coragem! Ao meu seio, angústia!

Madona minha! Senhora deste sonhar profano!
No coração, a última gota enquanto entorno
Sorri-me a esperança deste querer-bem ufano!

Porque dantes de humildade a alma queimava,
No entanto, estas lanças verbais o dilaceramento
D’alma, do corpo legam-me por Mandamento.
(BAR)

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