A Passante
Passas
em opulência desmedida
Não
me olhas sequer por um instante
Em
teus olhos, a ausência inquietante
Que
outrora a plenitude em minha vida
Olhas
displicentemente, altiva e muda
A
vasta solidão de teus caminhos
E
como tempestade sem chuva
Ignoras
a quem te amou, te deu carinhos
Tácitas
tempestades, o seio assombrado
De
um fantasma de amoroso talante
Rugem.
Em tu’alma, um mar entrevado
Se
estende em trovões de fúlgida rajada
Passas
tão fria, numa existência hesitante
Que
te sinto tão morta como alma penada.
(BAR)
Nossa! são tantas superfícies [profundas] nesse teu poema; quanto mais me embrenho, mais se revelam e se entrecruzam imagens e sensações. Arrepiei-me, juro!
ResponderExcluirMais uma vez lembrei Cruz e Sousa. Conhece o 'Alma Solitária'? - acho q é isso. Tem um Quê...
Beijo, amigo!