quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Quero um poema que não precisa ser escrito...




Quero um poema...

Quero um poema que sangre
Palavras
Um poema que pronuncie a desmesura
Do Vazio
Um verso apenas de contra-senso
Que proclame toda falta de sentido
Quero um poema que minta
A Eternidade
Que anuncie a Verdade
Sem Salvação
Quero um poema maior que o mundo
Que cante a noite – recanto da sombra
Que exalte a vida
Grávida da morte!
Que cante o amor – altar dos ingênuos
Quero um poema que cale
Na dor

(BAR)

2 comentários:

  1. E, como toda palavra-pensamento,
    um poema que cale (fale)
    Como vento...

    Lindo, amigo!
    Adoro essa verve silêncio/grito.

    Bjos

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  2. Beijos, amiga!

    Que a poesia nunca deixe de silenciar a vida para fazê-la falar!

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