Enlace Onírico
Oh! Amo as manhãs álgidas e cinéreas
Quando deito em teus cabelos
camélias
E libo em teu regaço a ambrosia,
Ah! Beijar-te a boca, nua, eu podia.
De noite, teus olhos de ouro
contemplava,
Recôndito impávido de meu lasso,
Sob lençóis alvos, na alcova, eu te
chamava
Fazias-me dormir com teu afago.
Tu te levantavas, Encarnada Candura!
Teu doce olor a face minha
perfumava,
Ao arrebol emprestava íntima
ternura.
Chamaste-me, a voz serena me
despertava
Ouvindo-te, do ventre onírico
emergia
Ó beijar-te a boca tua não mais podia!
(BAR)
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