terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um poema de outrora








Enlace Onírico

Oh! Amo as manhãs álgidas e cinéreas
Quando deito em teus cabelos camélias
E libo em teu regaço a ambrosia,
Ah! Beijar-te a boca, nua, eu podia.

De noite, teus olhos de ouro contemplava,
Recôndito impávido de meu lasso,
Sob lençóis alvos, na alcova, eu te chamava
Fazias-me dormir com teu afago.

Tu te levantavas, Encarnada Candura!
Teu doce olor a face minha perfumava,
Ao arrebol emprestava íntima ternura.

Chamaste-me, a voz serena me despertava
Ouvindo-te, do ventre onírico emergia
Ó beijar-te a boca tua não mais podia!


(BAR)

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