terça-feira, 27 de março de 2012

Poeminhas noturnos




Canto o amor
Como um aposentado
Tenor

(BAR)


A noite é mais sóbria
Quando não a bebemos

(BAR)


O silêncio em mim ressoa
Sombras de amores
 Que ficaram enterrados
Na alma

(BAR)


Quando tu falas
Eu calo
Apenas para ouvir-te melhor
E quando silencias
Permaneço calado
Para compreender-te

(BAR)


Outrora, a poesia em mim
Tinha uma graça incomum
Era mais bem talhada
No sangue
Nas lágrimas
Era doce
Era árida
Era um canto
Uma agonia exorcizada

(BAR)


Poemas não nascem
São abortados
Não há horas
Certas, precisos instantes
Quando sentimos
Eles estão ali
Apesar de tudo
Vivos e pulsantes!

(BAR)


3 comentários:

  1. nossa, uma multiplicidade! mas cada um contendo aquela sua peculiar capacidade de fazer sentir e refletir...
    adorei todos! principalmente o penúltimo. e o antepenúltimo - tão sensato!

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  2. Inspiração verdadeira de um ser que lhe transcende!
    Sem sentido sobrenatural é claro! rsrs...
    Leia-se: conhecimento e amor que transbordam em ti.

    Bjusss

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  3. L.I.N.D.O. !!!!!!

    Isso é AMOR :

    "Quando tu falas
    Eu calo
    Apenas para ouvir-te melhor
    E quando silencias
    Permaneço calado
    Para compreender-te"

    (BAR)

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