sexta-feira, 13 de abril de 2012

"O amor está grávido da carência" (BAR)







Carência

A carência que eu hospedo na alma
Dorme-me tão serenamente
Que acordá-la de manhã me dói
Deixo então que fique acomodada
E que se arraste levando-me junto
Pra onde quer que haja um conforto
Longe de seu colo, de seu corpo

E quando o cotidiano me afronta
As mesmas horas, o sempre que se repete
Repete, repete, e repetem as horas de sempre
Sempre a carência assim permanece, ressonando
Dando-me ao coração o gosto da dúvida
Necessário aos homens sensatos
Será ela a de que não me verei separado?


(BAR)

Um comentário:

  1. ai, 'essa ausência assimilada', como tb cantara Drummond! :)

    das companhias, não a melhor, mas uma das que nos leva à frente, a buscar...

    beijo, adorado

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