quarta-feira, 30 de março de 2011

O futuro











Futuro

O futuro é pura ausência
O vazio escuso da consciência
Porque o Eu, ancorado no tempo
Só conhece o instante, o Ser
O AMOR, todavia, demanda projetos
Navega na proa dos sonhos virginais
Veleja sereno, resistindo aos temporais
Do tempo que se arrasta, inconstante...

O AMOR se enamora da decência
Bebe doses fundas de carência
Enquanto vive se equilibrando nos desejos
Dos amantes que se adoram sem receios
O futuro é o não-eu, o não-existente
Aos amantes resta apenas o presente
Que se quer prolongado eternamente
Até que a eternidade a morte beije docemente.

(BAR)

Um comentário:

  1. Meu amigo poeta!
    Simplesmnte linda a sua poesia! A sua sensibilidade me encanta e emociona e cada dia!

    Bjusss

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