O silêncio erótico do
sentido
A linguagem é enamorada do silêncio
O silêncio é grávido de sentido
O sentido é sinal de que há símbolo
A morte devora sentidos
Morre-se todos os dias
E na vida empobrecida de sentido
A morte já se prenuncia
Simbolicamente tecida na alma
Mas Eros,
que não rejeita Tanatos
Mantém a
harmonia
Frágil,
impulsivo
Vai
devolvendo à vida de alegria um sentido
Um sentido
que mora no silêncio
Dos
apaixonados que se entreolham
E juram,
por um instante, encher-se a alma
De infinito
Só a
linguagem do silêncio
Só a abundância
do sentido
Só lábios
que se roçam
E corpos
enlaçados celebrando Eros.
(BAR)
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